03JUN
2019
Os servidores da educação se reuniram com o governador Mauro Mendes (DEM), no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, nesta sexta-feira (31), e cobraram reajuste salarial de 7,69%, conforme um acordo feito há cinco anos, além de melhores condições de trabalho. No entanto, o governador negou o reajuste e afirmou que não há dinheiro suficiente nos cofres do estado.
Mendes já havia adiantado, no entanto, que o Estado não tem a condições de cumprir a Lei Complementar 510/2013, que eleva o salário dos professores da rede estadual em 7,69% neste ano.
Apesar disso, o democrate disse que houve um avanço, já que governo e o sindicato conseguiram sentar e debater o problema. O democrata também destacou que, embora o Estado não tenha condições para fazer o pagamento agora, isso não significa o fim da política de dobra do poder de compra dos profissionais da educação.
Em entrevista logo após o fim da reunião com os grevistas, o governador voltou a afirmar que o governo “não tem dinheiro para arcar com essa nova despesa”.
“Dar um aumento hoje seria o mesmo que emitir um cheque sem fundo. Eu daria o aumento e nós não teríamos dinheiro para pagar. Iríamos causar mais atraso de salário”, exemplificou o democrata, em referência à estratégia adotada pelo governo desde o início do ano de pagar os salários de forma parcelada ao longo do mês.
Mauro Mendes lembrou ainda que três leis impedem o governo de conceder aumentos salariais. São elas, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, criada pela sua própria gestão, em janeiro, e a PEC do Teto de Gastos, aprovada no governo Pedro Taques (PSDB).
“Nós mostramos isso a eles. Explicamos que não é uma questão de o Estado querer ou não querer, ter ou não vontade”, completou o governador, antecipando que o governo não tem condições sequer de apresentar outra proposta para o sindicato.
Fonte: MATO GROSSO MAIS